Cucabol, Matheus Jesus e o inexplicável Santos

O futebol insiste, a cada dia, em deixar o torcedor do Santos iludido.

No último sábado, 30/09, o Peixe bateu o Palmeiras por 1 a 0, no Allianz Parque, pela primeira vez na nova arena alviverde.

Depois de um primeiro tempo onde o time alvinegro buscou mais o gol, o alviverde alçou várias bolas na área em busca do gol.

Duas coisas ficaram bem evidentes no clássico. O Santos joga feio, mas é cirúrgico. Já o Palmeiras não tem o mínimo de padrão de jogo. Muito apoiado na base do “Cucabol” (cheio de cruzamentos). O time é técnico e deu trabalho, mas com um padrão de jogo, mais intensidade e criatividade, sairia com a vitória.

Mas vamos falar do que importa, o Santos é inexplicável. O segundo colocado do Brasileirão, um dos únicos ainda vivos na caça ao Corinthians e, mesmo assim, ainda não engrenou.

Com um futebol de, no máximo, meio de tabela, porém, com competência e pontuação de vice-líder, o Peixe não convence, mas vence. Conquista pontos importantes que o futebol praticado não justifica, como as duas vitórias contra o Palmeiras, vitória fora contra o Galo e muitos outros jogos em que o Alvinegro não merecia o resultado, mas obteve.

Um time que joga com vontade quando falta técnica.

Vamos falar dos jogadores, então?

Vanderlei não teve tanto trabalho, apesar dos diversos cruzamentos do time alviverde.

Mais uma bela atuação de Guedes. Muito seguro na marcação e bastante presente no apoio ao ataque.

Braz e Veríssimo também foram muito bem. Especialmente o camisa 14. Uma dupla que vai se acertando cada vez mais e, finalmente, pode dar alguma solidez à defesa do Peixe.

Zeca tem melhorado na hora de subir ao ataque, mas precisa melhorar a marcação.

O meio funcionou também. Jean Mota vem numa boa crescente e supriu bem a ausência de Lucas Lima. Alison se firma cada vez mais como cão de guarda e tivemos Matheus Jesus, a grata surpresa do clássico.

Estreando como titular, mostrou  que pode ser bem útil. Marcador e com muita qualidade técnica para apoiar o ataque. Pediu passagem pra ganhar mais uma chance contra a Ponte, mesmo com a volta de Renato. Seria outra substituição de um jogador mais experiente por um jovem, assim como foi com Daniel Guedes no lugar de Victor Ferraz.

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Mais uma careta. Mais um gol no Palmeiras. Aguentem o Pastor.

Oliveira fez o que precisa fazer mais vezes: GOL. Bruno Henrique foi muito bem no lance, assim como Copete.

Bruno Henrique é um dos principais jogadores do Santos no ano, se não o principal. Importante mantê-lo pra 2018.

Copete parece boa opção pro banco de reservas, mas como titular não dá. Não marca há 4 meses, ótima marca para um atacante, não é mesmo?

Eu tento não acreditar em título, porque não tem lógica. Um time que finaliza pouco, tem peças duvidosas atuando frequentemente e sofre defensivamente, além de conviver com lesões de seus principais jogadores, não pode estar na briga pelo título. Mas está. Junte isso à queda de rendimento do Corinthians e some os pontos que ninguém acredita que o Santos vá conquistar e conquista e terá um maravilhoso sonho (ou ilusão) de que há esperanças.

Eu tento, eu juro que tento cair na real. Mas tá difícil. O Peixão tá me iludindo aos poucos.

Santos, sempre Santos!

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